Olho para todos os lados, mas não tenho olhado a terra.
O céu me atrai.
Minha mente divaga ao contemplar estrelas.
A beleza, o brilho, a distância, o mistério da noite...
E ele - sempre imenso e profundo - o céu: cenário essencial do teatro da noite...
O céu: a testemunha silenciosa de todos os encontros e despedidas.
Lágrimas, desespero, bebedeiras, promessas, desesperança, tentações, prazeres, sensações.
Todas as sensações.
Parece que os grandes prazeres são reservados para a noite.
Às vezes tenho medo da noite.
Meu medo só não é maior do que a minha atração.
E as paisagens se sucedem NAS ENTRELINHAS DO TEMPO.
Sombras e luz.
Mas são em maior número as sombras...
Porque as luzes fogem da noite.
A noite gosta do vermelho do veludo e do toque do cetim.
A noite gosta da seresta e muita festa.
Será que a noite gosta de mim ?
O farol de um carro à distância.
E já passou.
Vagalumes na estrada.
O cheiro da dama-da-noite.
E já passou também.
Tudo passa muito rápido...
E eu nem sentí o dia passar.
Nas entrelinhas do tempo, posso fazer minha vida inteira caber num dia.
Mas a noite é incomensurável...
O riso dos meus filhos no banco de trás do carro. Agora o riso dos sobrinhos e dos netes...
O latido do cachorrinho. O miado do gato.
Aquela casa com chaminé.
A fumaça nos mostrava a vida que buscava o céu.
O forno-a-lenha, o café, um cheiro de conforto e cotidiano.
E eu cigana, minha família de sangue e a família inteira do mundo.
Somos todos viajantes da noite nas entrelinhas do tempo.
Novos caminhos, novas culturas, faces, preceitos, preconceitos, acidentes de percurso, as curvas do caminho e as retas.
Sim. Há retas!
E são muitas as planícies.
Nas entrelinhas do tempo, nesta vida, superei barreiras e ultrapassei fronteiras.
Um amigo me diz que vive agora a sua solitude: solidão com atitude.
A noite estimula atitudes.
Mas muitos, à noite, só querem entorpecer seus sonhos.
Eu gosto de clarear a noite.
Com neon.
Com frisson.
A noite gosta do vermelho do veludo e do toque do cetim.
A noite gosta da seresta e muita festa.
Será que a noite gosta de mim ?
O farol de um carro à distância.
E já passou.
Vagalumes na estrada.
O cheiro da dama-da-noite.
E já passou também.
Tudo passa muito rápido...
E eu nem sentí o dia passar.
Nas entrelinhas do tempo, posso fazer minha vida inteira caber num dia.
Mas a noite é incomensurável...
O riso dos meus filhos no banco de trás do carro. Agora o riso dos sobrinhos e dos netes...
O latido do cachorrinho. O miado do gato.
Aquela casa com chaminé.
A fumaça nos mostrava a vida que buscava o céu.
O forno-a-lenha, o café, um cheiro de conforto e cotidiano.
E eu cigana, minha família de sangue e a família inteira do mundo.
Somos todos viajantes da noite nas entrelinhas do tempo.
Novos caminhos, novas culturas, faces, preceitos, preconceitos, acidentes de percurso, as curvas do caminho e as retas.
Sim. Há retas!
E são muitas as planícies.
Nas entrelinhas do tempo, nesta vida, superei barreiras e ultrapassei fronteiras.
Um amigo me diz que vive agora a sua solitude: solidão com atitude.
A noite estimula atitudes.
Mas muitos, à noite, só querem entorpecer seus sonhos.
Eu gosto de clarear a noite.
Com neon.
Com frisson.
Com aventuras e descobertas.
Com a alegria de quem gosta de partilhar.
A noite inspira e encobre risos e lágrimas.
Vivas à noite, mãe das esperanças, babá dos sonhos que insistem em nascer.
Palmas para a noite que acalenta novos amores e abriga poetas chorosos dos amores perdidos.
Glórias à noite que deságua no dia, que deságua na tarde e deságua novamente na noite, destino certo de todos os que amam a luz.
Compreendo os ensinamentos nas entrelinhas do tempo...
Com a alegria de quem gosta de partilhar.
A noite inspira e encobre risos e lágrimas.
Vivas à noite, mãe das esperanças, babá dos sonhos que insistem em nascer.
Palmas para a noite que acalenta novos amores e abriga poetas chorosos dos amores perdidos.
Glórias à noite que deságua no dia, que deságua na tarde e deságua novamente na noite, destino certo de todos os que amam a luz.
Compreendo os ensinamentos nas entrelinhas do tempo...
É noite.
Há tempo!
Beijo o invisível que vê o meu coração.
Beijo o invisível que vê o meu coração.
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