17 August 2014

LIDANDO COM NOSSAS VULNERABILIDADES

por anaveetmaya


Ouvindo músicas, reflito sobre alguns temas.
Hoje estou refletindo sobre nossas vulnerabilidades.
Assim, compartilho meus pensamentos com todos, na esperança de ser útil!

- Nosso corpo emocional é formado por nossas vulnerabilidades e pelos mecanismos que criamos pra proteger a nossa essência.
Esses são nossos "mecanismos de defesa".

-Não adianta simplesmente a gente querer se “livrar” dessas formas de proteção, pensando que assim nos sentiremos mais livres ou mais fortes...
Só conseguiremos mudar um hábito através do exercício da "consciência" e da nossa vontade real para mudar.
São sempre nossas as "escolhas".
Não cabe ao outro tomar nenhuma decisão por nós.
Através da meditação poderemos aprofundar nosso conhecimento do eu e aprender a conviver melhor com nossas qualidades e "defeitos", de maneira mais plena e saudável, quiçá com menos "culpas"...

-Consciência!
Essa é a atitude a ser estimulada.
Retirar as “vendas” que criamos.
Parar de por a culpa nos outros e no mundo.
São tantas as desculpas que inventamos pra não enxergar...

Mas quando nos tornamos conscientes das nossas vulnerabilidades, entendemos as nossas dores e fica mais fácil perdoar a nós mesmos!

E quando aprendemos a nos perdoar, a nossa auto-estima aumenta, nos aceitamos com mais sinceridade e alegria, ficamos mais naturais e alegres porque aceitamos a nossa humanidade!
E aí, aprendemos também a perdoar o outro!
Então a nossa convivência se torna mais pacífica e aos poucos percebemos que nossas feridas começam a cicatrizar.
Alguém que julga o outro com dureza, ainda não aprendeu a se amar... 

- Toda vez que alguém nos incomoda demais, quem sabe é o dedo da Existência nos auxiliando, abrindo portas, mostrando nossas sombras, aquele lado que não queremos conhecer?
Por que será que essa pessoa nos incomoda tanto?
O que será que existe nela, que ainda não trabalhei profundamente em mim?
Vale a pena o mergulho!

-Quando estamos vivendo um relacionamento, que tal parar de jogar?
Isso não significa que o outro parará...
Mas basta que um pare, para que o jogo acabe e a essência da relação venha à tona...

-Não adianta trazer na fachada um sorriso falso.
Para que mostrar para os outros  que você não precisa de nada, quando no seu interior o apelo é, “ Eu estou muito carente e preciso de você ?
Que tal pedir ajuda com sinceridade?
Quando assumimos nossas vulnerabilidades, vivemos bem mais leves!
E, de contrapartida, ficamos bem mais humildes... Afinal somos todos irmãos e cheios de alegrias e dores, de luz e sombras!

-O medo paralisa, adoece.
Quando nossa criança interior sente medo, ela se revela de várias maneiras: compulsões, depressão, ataques de pânico, falta de ar, estresse e outras tantas doenças.
Vale a pena consultar um profissional!

- Temos uma tendência a nos relacionar mal com nossas necessidades, uma tendência a negá-las...
As nossas necessidades estão ali, mas parece que tem um cobertor tampando...
A meditação, a busca do conhecimento interior nos ajuda a nos conhecer melhor e culpar menos os outros pelas nossas insatisfações, diminuindo nossas expectativas e parando de querer que o “outro” resolva nossos problemas e carências...
Cada um que cuide do seu próprio lixo! Nada de jogar seu lixo na porta do outro!

-Toda vez que começo a entrar profunda e sinceramente em contato com minhas vulnerabilidades, com minhas próprias feridas, eu me torno mais tolerante comigo mesmo e com todos.

-Nós não somos nada atraentes quando trazemos na face estampado o desejo: “CUIDE DE MIM”.

-Seria bom que aprendêssemos mais sobre nossos próprios limites, aprendendo a falar não, a não dar o que não queremos dar e a não usar nossa inteligência e julgamento contra nós mesmos.

-Toda vez que na nossa cabeça pinta a afirmação “você TEM que ser isso, fazer aquilo, etc...” isso faz parte do nosso inconsciente coletivo e de toda nossa formação cristã.
Vale a pena ir fundo, respirar, meditar e descobrir de fato"quem sou eu", livrando-se do "eu" falso, construído pela família e pelo meio-ambiente..

-A nossa vergonha não se formou do nada...
Ela está presa a uma história íntima e profunda. 
Não podemos deixar que a INCONSCIÊNCIA tome conta da nossa vida. 
Parte da nossa cura é tirar do inconsciente a nossa vergonha diante do outro e de nós mesmos. 
Vamos conhecer nossas máscaras, para pouco-a-pouco nos livrarmos delas e finalmente nos aceitar como somos, naturais, conscientes e livres.

Lembremos que tudo o que fica escondido num armário, embolora, apodrece.
Se escondemos nossas vulnerabilidades, se escondemos nossas vergonhas, elas só tendem a crescer...

-Quem carrega vergonhas não está em contato com sua essência.

-Nós nos focamos muito em pequenas imperfeições que alimentam a nossa vergonha... 
Nós olhamos para nós mesmos pelos olhos da vergonha... 
E nós nos convencemos que os outros também nos olham pelos mesmos olhos... 

A vergonha tem um sentido interior, traz com ela o sentimento de que não somos “valiosos”. 

Continuaremos a repetir os mesmos padrões que estabelecemos desde a infância, até um dia que dê aquele “clic” e que comecemos a fazer escolhas melhores. 

O processo de conhecer e aceitar nossa própria história nos ajuda a sarar e a fazer melhores escolhas, rompendo laços antigos de codependência...

-Atenção quando a gente afirma categoricamente “eu não gosto!”
Muitas vezes é o nosso próprio reflexo que não queremos e não conseguimos aceitar...
Nós crescemos quando paramos de julgar e aceitamos a diversidade,


-Conhecer e encarar a nossa dor nos torna mais humanos.

E nesse exercício corajoso e cotidiano de autoconhecimento, lidando com nossas vulnerabilidades, nós crescemos!

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